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A mostrar mensagens de novembro, 2013

Reencontro com a Palavra

A cada sete anos, a Lei deveria ser lida integralmente a todo o povo: homens, mulheres, crianças e estrangeiros, nas cidades onde habitavam, deveriam ouvir e aprender a temer o Senhor seu Deus e seguir fielmente todas as palavras da Lei (Cf. Deuteronómio 31:10-13). Contudo, passadas décadas de cativeiro, o cumprimento dessa valiosa cerimónia tinha ficado para trás. Agora estavam de volta a Jerusalém, e os muros da cidade que simbolizava a aliança estabelecida por Deus, reconstruídos. Então, no início do sétimo mês, é o próprio povo que reconhece a pungente falta, pelo que toma a iniciativa de se congregar e de requerer a Esdras que leia o livro da Lei. Este momento, um dos mais emotivos na história do povo de Deus, está relatado no oitavo capítulo de Neemias. Certamente, este anseio de ouvir a Palavra de Deus era motivado, também, pela impossibilidade de lê-la individualmente. Mas essa não terá sido a única razão. Vejamos. Hoje temos acesso à Palavra d

Recomeços… Como membros de um mesmo povo

Parecendo, à primeira vista, um mero registo genealógico dos que regressaram a Jerusalém, o primeiro impulso é saltar a leitura do sétimo capítulo do livro de Neemias. Mas fazer isso significaria perder algumas lições importantes, as quais resultam, precisamente, desse registo algo repetitivo de famílias e números. Ora vejamos: a reconstrução do muro tinha sido concluída em 52 dias. Tinha ficado patente que o mérito pela rápida e bem sucedida reconstrução era devido a Deus e chegara o tempo de organizar as coisas por dentro. Nos primeiros três versículos deste capítulo, aprendemos que este era um povo disposto a servir. Aqueles que estavam destinados para o trabalho no Templo trabalharam como pedreiros e serventes e, finda a reconstrução, voltaram às funções habituais como porteiros, cantores e levitas. Neemias identificou em Hananias qualidades dignas de um servo – “homem fiel e temente a Deus, mais do que muitos” e colocou-o como líder do povo. Entre os habitantes

Comprometidos com a grande obra

Quando ouvimos falar sobre a obra de Deus somos imediatamente levados a pensar sobre as coisas que fazemos no âmbito da igreja local: os cultos dominicais, as reuniões de oração, as iniciativas evangelísticas, os encontros, obras de beneficência e outros ministérios da igreja. A realidade é que esta expressão remete-nos com maior frequência para as coisas que fazemos para Deus do que para aquilo que o próprio Deus faz . Mas a obra é dele e não nossa. Jesus disse-o de forma clara em João 5:17, 19: “Meu Pai trabalha até agora, e eu trabalho também. (…) Em verdade, em verdade vos digo que o Filho de si mesmo nada pode fazer, senão o que vir o Pai fazer; porque tudo quanto ele faz, o Filho o faz igualmente.” Então, surge a questão: O que é que Deus está a fazer? Podemos afirmar com segurança que uma grande parte do trabalho de Deus está a ser realizada na vida das pessoas. Deus trabalha na vida dos que o conhecem e na vida dos que não o conhecem. Deus está sempre a

Recomeços... Em tempos de crise

Custo de vida extraordinariamente inflacionado, juros altíssimos, exploração imobiliária e pobres completamente desprotegidos; propriedades a ser hipotecadas e vendidas para pagar dívidas, dinheiro a faltar para alimentos e impostos; povo a recorrer a empréstimos para as necessidades essenciais. No quinto capítulo do livro de Neemias é descrita a exploração de que os pobres eram alvo, por parte dos mais ricos e poderosos. Era tal a crise económica e social que, para pagar dívidas, já algumas famílias haviam vendido suas filhas como escravas, sem quaisquer perspetivas de poder considerar o seu futuro resgate. O povo reportou a situação a Neemias. A sua forma de agir constitui um paradigma para a igreja hoje. Em primeiro lugar, lemos no versículo 6 que Neemias ouviu estas queixas e indignou-se muito: “Ouvindo eu, pois, o seu clamor, e estas palavras, muito me indignei” . Indignou-se não com facto de o terem incomodado com os seus problemas, mas com a realidade que o